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Cotidiano
Decisão causou estranheza em estudantes e funcionários; deputado entrou com ação no Ministério Público para questionar ação
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Escola Estadual de São Paulo é uma das mais tradicionais do Estado | Governo de SP
A Escola Estadual de São Paulo, no centro da capital paulista e fundada em 1894, será desativada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2025.
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O fechamento, segundo a Secretaria Estadual de Educação, é parte de um acordo entre o governo estadual e a Prefeitura de São Paulo, que prevê a revitalização do Parque Dom Pedro II, que fica ao lado da unidade escolar.
A intervenção no parque, contudo, está programada apenas para 2026, e não há qualquer previsão de obras no prédio da escola.
Mesmo assim, a Secretaria informou que a instituição será “temporariamente desativada” no próximo ano, e seus alunos e funcionários serão transferidos para outras unidades escolares.
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A Escola Estadual de São Paulo é uma das mais tradicionais do Estado, com 130 alunos e 27 profissionais atualmente.
A decisão de fechamento surpreendeu a comunidade escolar, informada na última terça-feira (3/12). Os estudantes, liderados pelo grêmio estudantil, planejam um protesto contra o encerramento das atividades.
Veja também nesta matéria da Gazeta, como funciona o pagamento do benefício Pé-de-Meia aos estudantes do ensino médio.
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A decisão do governo estadual também causou estranheza porque, nos últimos anos, a unidade recebeu aportes de recursos. Em 2019, por exemplo, o prédio passou por uma grande restauração, incluindo melhorias estruturais como troca de pisos e revitalização de áreas comuns.
Em 2021, a escola foi incorporada ao Programa de Ensino Integral (PEI), o que trouxe novos investimentos. Além disso, há obras que estão sendo concluídas no espaço. Segundo a Secretaria de Educação, mais de R$ 520 mil foram investidos para revitalizar banheiros, áreas de alimentação e a cobertura do prédio.
Para a presidente do Grêmio estudantil, a decisão representa um desperdício de dinheiro público.
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A Secretaria Estadual de Educação garantiu que todos os alunos terão vagas asseguradas em outras escolas próximas, como a EE Caetano de Campos, na Consolação, e em unidades no Centro ou na Mooca.
Além disso, afirmou que, após a revitalização do Parque Dom Pedro II, o prédio da escola poderá ser reaberto com outro foco, como oferecendo cursos profissionalizantes ou como um Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA).
Apesar da garantia de vagas, a decisão ainda gera críticas por parte de especialistas e parlamentares, que apontam a medida como um reflexo de uma gestão “pouco transparente”.
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Carlos Giannazi (PSOL), deputado estadual, apresentou denúncia ao Ministério Público questionando o fechamento.
“Não há justificativa plausível para encerrar as atividades de uma escola centenária antes do início de qualquer intervenção. Essa decisão viola o princípio constitucional da gestão democrática do ensino e expõe o desprezo da atual gestão pela educação pública”, declarou.
O projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II, de responsabilidade da Prefeitura de São Paulo, será realizado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). A licitação para o contrato, no entanto, ainda está em trâmite e só deve ocorrer em janeiro de 2025.
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Segundo a Prefeitura, as intervenções no parque devem ser iniciadas no ano seguinte, com previsão de até cinco anos para a conclusão das obras.
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